Quando nos endividamos e nosso nome acaba ficando “sujo”, o que mais se recomenda é entrar em contato com a empresa credora para tentar negociar. Na maioria dos casos, as empresas buscam uma forma de renegociar as dívidas, recalculando o valor, oferecendo descontos e facilitando o pagamento. Isso porque é mais vantajoso para a empresa recuperar parte do valor do que não receber nada.
A Negociação com Bancos Pode Ser Mais Complicada
No entanto, quando a dívida é com instituições bancárias, a situação pode ser mais complicada. Os bancos, muitas vezes, aplicam juros excessivos e ilegais, dificultando a negociação. Em alguns casos, eles inflacionam os juros de forma proposital para, na hora da renegociação, parecer que estão oferecendo um grande desconto, quando, na verdade, estão apenas eliminando os juros abusivos que nunca deveriam ter sido cobrados.
Isso pode prejudicar ainda mais o consumidor, que já está em uma situação financeira delicada. Pagar mais do que realmente deve pode causar um impacto ainda maior no orçamento. Por isso, é essencial que o devedor esteja bem informado sobre o valor real da dívida e os juros aplicados.
A Importância de Buscar o Juizado de Pequenas Causas
Se você tem uma dívida com um banco e percebe que os juros são abusivos, uma boa alternativa é recorrer ao Juizado de Pequenas Causas. Esta é uma via eficaz para contestar a cobrança indevida e limpar o nome, sem precisar arcar com altos custos para calcular os valores.
No Juizado de Pequenas Causas, profissionais qualificados farão os cálculos para identificar se há juros abusivos, de forma gratuita. Essa é uma das principais vantagens de entrar com uma ação judicial, já que você não precisará contratar um contador para verificar os valores, economizando uma quantia significativa.
Limites para Entrar com Ação no Juizado de Pequenas Causas
Um ponto importante a ser lembrado é que o valor da dívida não pode ultrapassar 40 salários mínimos para que o processo possa ser levado ao Juizado de Pequenas Causas. Caso a dívida seja maior, será necessário recorrer à Justiça comum. Mesmo assim, os cálculos também serão feitos de forma correta, e o banco, se perder a ação, poderá arcar com os custos advocatícios.
Como Entrar com um Processo no Juizado de Pequenas Causas
Para valores de até 20 salários mínimos, não é necessário contar com um advogado. O próprio devedor pode ir ao fórum mais próximo, pegar uma senha e aguardar o atendimento na triagem.
Para dívidas acima de 20 salários mínimos, ou em casos em que é necessário recorrer a uma instância superior, como o Colégio Recursal, a presença de um advogado é obrigatória.
Documentos Necessários para Entrar com a Ação:
- Cópia do RG;
- CPF;
- Comprovante de endereço;
- Documentos originais que comprovem a dívida (ex.: cheques, notas fiscais, e-mails, provas fotográficas, etc.);
- Dados de testemunhas, se necessário.
Conclusão
Se você está enfrentando dificuldades para negociar uma dívida, especialmente com bancos, e suspeita que os juros aplicados são abusivos, o Juizado de Pequenas Causas pode ser uma alternativa eficaz para contestar a cobrança e limpar seu nome. Além de ser uma via mais acessível, permite que os cálculos sejam feitos de forma justa, sem que você tenha que arcar com altos custos.
Lembre-se, manter-se informado e conhecer os seus direitos é fundamental para evitar pagar mais do que realmente deve. Se necessário, procure orientação jurídica e não hesite em recorrer à Justiça para garantir que os valores cobrados estejam dentro da legalidade.
Advogados e empresas que necessitam de consultas detalhadas sobre o endereço de devedores podem recorrer a plataformas especializadas, como a UP Consultas, que oferece ferramentas online para localizar o CPF ou CNPJ do réu de forma eficiente.