16/12/2025

Via @portalg1 | Um advogado de Belo Horizonte é acusado de ter sacado mais de R$ 1,4 milhão de uma conta judicial vinculada a um inventário de uma família, que não era a dele, e perdido todo o dinheiro em operações de ‘day trade’ na bolsa de valores. O caso, que se alonga desde 2023, hoje é alvo de ação penal por apropriação indébita e segue em tramitação na Justiça de Minas Gerais.

g1 teve acesso ao processo. Segundo as decisões judiciais, o profissional foi nomeado inventariante para cuidar da partilha dos bens de uma mulher falecida, a pedido do ex-marido dela, que vivia fora do país.

Após a morte do ex-companheiro, os familiares não se manifestaram de imediato, e os valores permaneceram em uma conta judicial. Em dezembro de 2023, o advogado e então inventariante transferiu o dinheiro para a própria conta, solicitou a retirada e fez o saque.

A descoberta

No início de 2024, sócios do escritório em que ele trabalhava, responsável pelo inventário, estranharam a ausência do advogado após o recesso de fim de ano do Judiciário e entraram em contato com ele.

O escritório, que na época lidava com mais de 1,5 mil processos simultaneamente, ainda não havia dado falta do dinheiro.

Na conversa, ele admitiu ter transferido o dinheiro para sua conta pessoal, investido em operações de day trade e perdido tudo.

🔎 Em tradução literal do inglês, day trade é “negócio no dia”. O termo é usado para definir operações de compra e venda de ativos no mercado financeiro realizadas em um único dia. Nessa modalidade, o investidor aproveita as oscilações da Bolsa de Valores para obter lucro em um curtíssimo prazo.

O escritório arcou com o prejuízo, depositando novamente o valor para os herdeiros, e denunciou o caso à Ordem dos Advogados e ao Ministério Público. Um inquérito foi instaurado para apurar apropriação indébita qualificada e lavagem de dinheiro.

Denúncia aceita

Em julho de 2025, a denúncia foi aceita pela Justiça, e ele se tornou réu. Como o acusado não foi encontrado para citação, a prisão preventiva foi decretada em outubro.

Advogado mineiro é acusado de sacar mais de R$ 1 milhão de inventário e perder tudo em operações financeiras

Dias depois, no início deste mês, ele compareceu aos autos por meio de advogado e, em novembro, a prisão foi revogada. Atualmente, o processo segue para apresentação de defesa e julgamento.

Caso seja condenado, a pena para apropriação indébita qualificada pode chegar a cinco anos e quatro meses de prisão, além de multa e obrigação de reparar o dano.

O g1 procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para uma manifestação, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

Caso tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. — Foto: TJMG/Divulgação

Por Rodrigo Salgado — Belo Horizonte
Fonte: @portalg1

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