16/12/2025

CNI aponta que a taxa de juros e seus efeitos seguem como principais freios para a atividade industrial

A atividade industrial recuou no último mês, mostra a Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (16). O índice de evolução da produção caiu 7,1 pontos, atingindo 44,4 pontos. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) seguiu o movimento negativo e caiu 1 ponto percentual, estacionando em 70%. A UCI está no menor patamar para o mês desde 2019. O índice de evolução do número de empregados caiu 1,2 ponto, chegando aos 47,6 pontos. O resultado demonstra queda na quantidade de trabalhadores industriais entre outubro e novembro. Embora seja comum que a atividade industrial desacelere em novembro, a perda de ritmo em 2025 foi mais expressiva, revela a pesquisa.

“Alguns elementos ajudam a explicar esse processo de desaceleração da indústria: o principal deles é o patamar elevado das taxas de juros e seus desdobramentos, que acabam puxando o freio da economia e prejudicando a demanda por bens industriais por meio do encarecimento do crédito e das perspectivas de um ritmo mais fraco para a atividade econômica”, explica Larissa Nocko, especialista em políticas e indústria da CNI. Outra notícia negativa vem do índice de estoque efetivo em relação ao usual. O indicador aumentou para 50,7 pontos em novembro. Ao ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, o índice mostra que o nível de estoques está acima do nível planejado pelas empresas, resultado que reforça a percepção de queda na demanda por produtos industriais.

O índice de expectativa de demanda recuou 1,1 ponto, passando de 51,3 para 50,2 pontos. O índice passou ao menor nível desde junho de 2020, no início da pandemia de Covid-19. O índice de expectativa do número de empregados teve ligeira retração de 0,1 ponto, de 49,1 pontos para 49 pontos. Trata-se do quinto mês consecutivo em que o indicador fica abaixo da linha de 50 pontos. Já o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas encolheu 0,8 ponto, para 49,2 pontos. O indicador, que anteriormente apontava expectativa de manutenção do ritmo de compras de insumos, passou a indicar perspectiva de queda dessas aquisições.

Ao contrário dos demais indicadores, o índice de expectativa de quantidade exportada subiu; alta de 0,4 ponto, atingindo 48,4 pontos em novembro. Apesar disso, o indicador continua abaixo de 50 pontos, revelando que os empresários projetam queda das exportações no curto prazo. O índice de intenção de investimento da indústria também cresceu 0,7 ponto em dezembro, saltando de 55,2 pontos para 55,9 pontos. Foi a terceira alta consecutiva do indicador que, ainda assim, encerra o ano três pontos abaixo do registrado em dezembro de 2024, quando marcou 58,9 pontos. “Isso mostra que o cenário não tem mudado drasticamente e que há não elementos para acreditar que o quadro deve melhorar significativamente nos próximos meses”, avalia Larissa.



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